Que a indústria de vestíveis é grande e fatura milhões por ano, todos nós somos cientes. Entretanto, o que há de especial nessa tecnologia para a saúde, principalmente quando falamos da saúde cardíaca?
Quando o assunto é esse, trata-se de medir as batidas do coração, o pulso, os ritmos cardíacos e as possíveis arritmias que possam vir acontecer com alguns usuários. E essas informações, dadas de mão beijada para o usuário, podem vir a ser um grande perigo para diagnósticos imprecisos, consultórios lotados de forma desnecessária, além de criar um desespero em usuários que utilizam a tecnologia e acreditam fielmente nos dados fornecidos por ela.
Tudo funciona através de sensores ópticos que monitoram sob a pele o volume de sangue mudando, bem parecido como rastrear marés. E assim, então, registram os batimentos cardíacos. Alguns outros, possuem mini eletrocardiogramas que detectam os ritmos irregulares.
Embora a tecnologia seja uma grande aliada atualmente, é importante analisar se de fato essa tecnologia está sendo viável para os usuários, visto que muitos relatam sentir pânico ao ver que algo pode estar dando errado e, mesmo que os médicos digam que está tudo sob controle, ainda duvidam se realmente está. Pois o grande ponto tem sido a pergunta: até onde irá esse tipo de tecnologia?!
Há médicos que dizem que a tecnologia os ultrapassou e que a missão deles, agora, é ver o que podem fazer com as consequências de tudo o que vem acontecendo em torno desse assunto, bem como entender que o diagnóstico não é o mesmo que saber qual deve ser o melhor tratamento, como diz o artigo “Heartbeat-Tracking Technology Raises Patients’ and Doctors’ Worries”, de Dairus Thair (Abril, 2022) o qual foi a inspiração para este texto.
Um exemplo do que estamos falando, é o tratamento com anticoagulantes, para fibrilação arterial, em pacientes que apresentam “falsa fibrilação”, apontada pelos vestíveis. Ou seja, um risco para a saúde do ser humano. O artigo acima mencionado, diz também, que “A combinação da baixa carga da condição de saúde e pacientes mais saudáveis significa que os cardiologistas não têm certeza do que fazer com essa coorte de pacientes.”. Por fim, cardiologistas afirmam que todos esses problemas surgem, a fim de uma tecnologia incerta ainda.
Dessa forma, é importante lembrar que diante de tais dúvidas, é preciso seguir com necessária cautela no uso das tecnologias vestíveis. Ainda que não muito precisos, são muito úteis para orientar evolução e performance auxiliando a ter mais resultado. Entretanto, podem transmitir falsa sensação de conhecimento pleno dos nossos sinais vitais e um falso diagnóstico de doença por exemplo. Por isso, equilibrar quais são os recursos a serem utilizados com afinco é a melhor sugestão para um bom convívio com a tecnologia vestível! Use e abuse, por exemplo, dos relatórios de performance de exercício físico, alertas, mensagens, ligações e afins. Qualquer dúvida ou suspeita, de dados corpóreos que insistentemente estão diferentes do esperado por você, não procure o google, procure um médico.
Inspirado na tradução de Heartbeat-Tracking Technology Raises Patients’ and Doctors’ Worries”, de Dairus Thair (Abril, 2022)
Nathália Silva
Marketing e Comunicação

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